quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

História- Inflação no Brasil


As dívidas do país geraram diversos fenômenos inflacionários e criou diferentes moedas no Brasil.
Para muitos estudantes que hoje ingressam nos ensinos fundamental e médio, a discussão sobre a questão inflacionária no Brasil parece um tema distante ou, até mesmo, estranho. Entretanto, a economia do nosso país, ao adentrar os ditames do capitalismo industrial e financeiro, passou a conviver com as contradições de um país economicamente dependente que deveria encontrar soluções para valorizar sua moeda e desenvolver sua economia.

No entanto, promover esse desenvolvimento exigia dos nossos governos a contração de empréstimos a serem empregados na contratação de funcionários e no financiamento de obras que, muitas vezes, acabavam deixando nosso país completamente endividado. Uma solução usual adotada pelo Estado para sanar este problema era fabricar o dinheiro necessário para que tivesse condições de honrar uma considerável parte de seus compromissos financeiros.

A solução parecia ser prática e viável, mas, infelizmente, a circulação de papel-moeda em uma economia que não tem riquezas correspondentes àquele total de dinheiro disponível acaba desvalorizando a moeda. Conseqüentemente, o preço das mercadorias sobe e os trabalhadores – que tem sua renda fixada em uma determinada faixa salarial – têm o seu poder de compra reduzido, o que acaba aumentando o já tão penoso custo de vida.

Até aqui, podemos perceber que um dos fatores responsáveis pela crise inflacionária está intimamente ligado à contração de dívidas. No Brasil essa contração de dívidas tem longa data e veio se desenhando desde o período colonial, quando diversos exploradores requeriam da Coroa Portuguesa empréstimos para financiar suas atividades. Passando para a monarquia, temos o governo de Dom Pedro I inaugurado por uma dívida de dois milhões de libras esterlinas, usadas na “compra” efetiva de nossa independência.

No período republicano a questão inflacionária ganhou uma importância ainda maior, tendo em vista as novas condições da economia mundial. O Brasil, em pleno auge de desenvolvimento do capitalismo industrial, se via diante o dilema de preservar o traço agro-exportador da economia nacional ou promover a modernização da economia. No primeiro governo republicano surgiu a figura de um proeminente intelectual chamado Rui Barbosa, que ocupou o cargo de Ministro da Fazenda.

Em sua gestão, Rui Barbosa procurou modernizar a economia nacional permitindo que os bancos fabricassem papel-moeda e facilitando a contração de empréstimos para a criação de empresas. A medida, apesar de bem intencionada, gerou uma enorme crise especulativa que promoveu uma onda de empréstimos seguida pela injeção massiva de papel-moeda na economia. Com isso, o país não conseguiu remodelar sua política de desenvolvimento econômico e, ainda por cima, causou uma grande crise inflacionária.

Apesar desse episódio de dimensões trágicas, nas primeiras décadas do século XX, o Brasil teve uma considerável reação econômica causada pela crise do mercado europeu. A partir de 1914, o Velho Continente tornou-se palco de uma série de conflitos civis e grandes guerras que desestabilizaram sua própria economia. Nesse momento, o Brasil, tão dependente dos produtos industrializados europeus, iniciou a arrancada de sua indústria e a diversificação de sua economia.

Esse primeiro fôlego dado à economia gerou uma contenção do problema inflacionário no Brasil. Contudo, o país inaugurava sua industrialização em um momento que diversas potências industriais já estavam plenamente consolidadas no mercado internacional. Por isso, o país necessitava de contrair empréstimos para que fosse possível tornar nossa economia consideravelmente competitiva em relação aos seus concorrentes comerciais.

Nos governos de Vargas e JK, o dilema do desenvolvimento foi sensivelmente marcado entre a opção de proteger a economia e promover um desenvolvimento autônomo e gradual, ou permitir que investidores estrangeiros pudessem injetar seus recursos para que o país pudesse recuperar os anos de atraso da economia. Ambas as opções requeriam projetos econômicos muito bem elaborados que, apesar de demandarem de empréstimos, deveriam ter o cuidado de não desvalorizar a moeda nacional.

Todavia, as oscilações do mercado internacional, a corrupção política e nosso atraso econômico acabavam possibilitando a deflagração de diversos processos inflacionários. No governo militar, principalmente entre os anos de 1969 e 1973, a economia experimentou uma onda de crescimento propiciado pelo chamado “milagre econômico”. Esse teve curto período de vida, principalmente em razão da crise que se abateu sobre a economia mundial e o modelo de desenvolvimento artificial gerado do tal “milagre”.

Na década de 1980, o problema da recessão econômica acabou transformando a inflação em um companheiro presente na mesa de todos os brasileiros. A desvalorização da moeda chegou a tal ponto que os produtos do supermercado, por exemplo, eram reajustados mais de uma vez ao dia. Nessa mesma época, a criação de diferentes moedas era tentada para se conter o caos da inflação e diversos planos econômicos tentavam dar uma solução definitiva para a questão.

No ano de 1994, o “Plano Real” propôs um projeto de reestruturação da economia nacional baseado em uma nova moeda que levava o mesmo nome do plano. A partir de então, os níveis inflacionários de nossa economia, excetuado alguns momentos de crise momentânea, passaram a alcançar níveis suportáveis ao desenvolvimento e o custo de vida de uma considerável parcela dos trabalhadores. Desde então, a economia nacional deu sinas de amadurecimento, a inflação se transformou em uma fera domável e o Brasil hoje busca a condição de “nação emergente”.

História- Índia Antiga


Mahavira e Siddhartha Gautama: os grandes líderes espirituais da Índia Antiga.
A trajetória da civilização indiana tem início em 3300 a.C., período em que se encontram vestígios de um dos mais antigos centros urbanos formados nas proximidades do Rio Indu. No século XVI a.C., o território indiano foi alvo da ocupação de uma série de tribos nômades provenientes da região do atual Irã, comumente conhecidas como árias. Entre outras regiões, os árias controlaram porções do território onde a civilização hindu fixou marcantes traços da cultura indiana.

Esse período de ocupação marcou o início do Período Védico, que vai de 1500 a.C. até 500 a.C.. As grandes fontes documentais que narraram a história indiana nessa época são um conjunto de hinos religiosos conhecidos como Vedas. Esses hinos, todos eles escritos em sânscrito, se dividem em quatro partes: “Atharva-Veda”, “Sama-Veda”, “Yajur-Veda”, e “Rig-Veda”.

Outra fonte de conhecimento histórica também é encontrada nos “Brahmanas Upanichades”, que relatam o momento em que a civilização indiana conquista a Planície Indo-Gangética. Além de fazer menção à formação e expansão indiana, esses documentos também são de grande proveito na compreensão das influências culturais que dá origem à sociedade hinduísta. É justamente quando observamos a organização da sociedade indiana em castas.

As castas organizaram a sociedade indiana durante vários séculos. Dentro desse modelo, a condição de um indivíduo é determinada pelo seu nascimento. Em cada uma das castas observamos o direito nato de exercer determinadas profissões definidoras do prestígio e da posição social. A casta superior é ocupada pelos brâmanes, líderes religiosos do povo indiano. Em contrapartida, a casta inferior é formada pelos párias, pessoas incumbidas de serviços considerados degradantes.

No século VI a.C., o Período Védico é marcado por intensas transformações nos campos religioso e intelectual. É nessa época que notamos a profunda transformação empreendida por dois grandes líderes religiosos: Siddhartha Gautama e Mahavira. Ambos pregavam uma prática religiosa marcada pelo ascetismo e a constante reflexão espiritual. Siddharta Gautama foi responsável pela criação do budismo e Mahavira o precursor do jainismo.

No século seguinte, os hindus (nome pelo qual a civilização indiana era designada) sofreram com a expansão do Império Persa. Sob a liderança dos reis Ciro I e Dario I, diversas regiões da atual Índia foram controladas pelos persas. No século IV a.C., os macedônicos – liderados por Alexandre, O Grande – venceram os persas na Batalha de Gaugamela e, dessa forma, passaram a controlar algumas regiões da Índia como o Porus e Taxila.

Com a divisão dos territórios alexandrinos, um novo império viria a se consolidar na Índia: o Império Mauria. Inicialmente liderados por Candragupta Mauria, os maurias expulsaram os gregos do território indiano exercendo controle sobre o território de Mágada. Nos governos de Bindusara (298 a 272 a.C) e Açoka (272 - 232 a.C), novas regiões vieram a ser anexadas pela política expansionista patrocinada por esses dois monarcas.

No breve período em que se consolidou na história indiana, o Império Mauria foi responsável por um considerável número de obras públicas que incentivaram a agricultura e o comércio. Diversas obras de irrigação possibilitaram o desenvolvimento de uma próspera economia agrícola rigidamente controlada pelo Estado. Prisioneiros de guerra e camponeses eram obrigados a explorar terras pertencentes ao Estado, e as atividades comerciais eram mantidas com os gregos, persas, malaios e mesopotâmicos.

A crise do Império Mauria possibilitou a invasão de outros povos. No século II a.C., o Reino de Bactria controlou a porção oriental do antigo Império Macedônico, sob a liderança de Demétrio II. Em 80 a.C., os sakas, povo oriundo da Ásia Central, realizaram a expulsão dos gregos do território indiano e controlaram a região do Punjab. Nesse período diversos reinos dividiram a Índia, os andhras, sungas, tâmiles, bharasivas e kushans.

Depois de um período de grande instabilidade política, a Índia viveu um novo processo de centralização política com a ascensão do Império Gupta, no século IV.

História- História do Sutiã

Cansada dos incômodos espartilhos, a francesa Herminie Cadolle decidiu cortar a parte de cima dos mesmos, dando origem ao sutiã, em 1889. Porém a invenção foi patenteada somente em 1914, pela norte-americana Mary Phelps. Apesar de ter dado uma aparência mais moderna ao sutiã, Phelps não conseguiu o sucesso desejado, com isso ela acabou vendendo sua patente por US$ 1.550, para a Warner Bros.

Trinta anos depois a empresa já havia faturado cerca de US$ 15 milhões com o negócio. Atualmente o sutiã não é usado com uma única finalidade, mas sim com várias, entre elas a de revelar ou esconder as curvas, tornar a região do busto mais sexy. A peça hoje tem um design moderno, confortável e que esbanja a sensualidade do corpo feminino.


Evolução do sutiã

1920 – O sutiã possuía um estilo garçonne, achatando os seios.
1930 – Surgem os bojos de enchimento e as estruturas de metal para aumentar o busto.
1950 – Os sutiãs se tornam mais sedutores com o náilon.
1960 – Algumas feministas queimam em praça pública o sutiã, que consideravam símbolo da repressão masculina.
1990 – O sutiã retorna com força total no modelo “turbinado”, com diversos artifícios, serviam para levantar, aumentar e unir os seios.
2000 – Surge o modelo high-tech que estimula o crescimento da mama, que seca e absorve a transpiração, que hidrata os seios, entre outros.

História- História da Moeda


As moedas representaram os valores da economia e da cultura de diferentes sociedades ao longo do tempo.
O dinheiro é comumente reconhecido como um meio de troca aceito no pagamento de bens, serviços e dívidas. Além disso, a moeda serve para mensurar o valor relativo que algum tipo de riqueza ou serviço possui. O preço de cada mercadoria é atribuído por meio de um número específico de moedas ou cédulas que demarcam a quantidade a ser paga por esse bem. No entanto, nem sempre uma única moeda serve de referência para uma mesma localidade.

Mesmo trazendo maior mobilidade para o empreendimento de transações comerciais, a moeda não é usada em todas as economias do mundo. Diversas sociedades e regiões preservam o uso da troca em sua economia. De forma geral, os produtores inseridos neste tipo de economia utilizam dos excedentes de sua produção para estabelecerem alguma forma de escambo. Ao longo do tempo, a diversificação dos produtos dificultou a realização desse tipo de troca natural.

Foi nesse contexto que os primeiros tipos de moeda começaram a ser estipulados. Geralmente, para estabelecer algum padrão monetário, os comerciantes costumavam utilizar algum tipo de mercadoria de grande procura. Na Grécia Antiga, o boi (que era chamado pekus) foi utilizado como referência nas trocas comerciais. Uma outra mercadoria comumente utilizada foi o sal, que foi usado como moeda entre os romanos e etíopes.

O metal passou a ser utilizado por algumas culturas na medida em que o mesmo começou a ganhar espaço na cultura material desses povos. O fácil acesso, o apelo estético e as facilidades de mensuração e transporte fizeram dele um novo tipo de moeda. Em um primeiro momento, os metais utilizados no comércio eram usados “in natura” ou sobre a forma de objetos de adorno como os anéis e braceletes. Foi só mais tarde que o metal passou a ser padronizado para fins comerciais.

A cunhagem padronizada de moedas fez com que as peças de metal tivessem um grau de pureza e uma pesagem específica. Além disso, as medas sofreram um processo de cunhagem onde a origem da moeda e a representação de algum reino ou governante ficariam registrados. Uma das mais antigas moedas com o rosto de um monarca foi feita em homenagem ao rei macedônico Alexandre, O Grande. As reuniões dessas informações fizeram com que estes artefatos servissem de fonte de investigação histórica.

As primeiras ligas metálicas utilizadas na fabricação de moedas foram o ouro e a prata. O uso desses metais se justifica por seu difícil acesso, a beleza de seu brilho, a durabilidade de seu material e sua vinculação com padrões estéticos e religiosos de uma cultura. Entre os babilônios, por exemplo, prata e ouro eram relacionados com a adoração da lua e do sol, respectivamente.

Ao longo dos séculos, a requisição de jazidas de ouro e de prata para a fabricação de moedas acabou se tornando cada vez mais difícil. Por isso, o papel moeda acabou ganhando maior espaço no desenvolvimento das transações comerciais. Na Baixa Idade Média, a falta de moedas motivava os comerciantes das feiras a utilizarem letras de câmbio para o estabelecimento de alguma negociação.

Hoje em dia, as moedas são mais utilizadas para o pagamento de quantidades de baixo valor. A perda de espaço para o papel-moeda fez com que as moedas metálicas agora fossem mais valorizadas por sua durabilidade do que por sua beleza. O rápido processo de circulação de valores e a complexificação de economias cada vez mais integradas, fizeram com que as moedas fossem substituídas por outras formas de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito.

Mesmo notando todas essas transformações no uso das moedas, não podemos considerá-la uma vítima de um processo de “evolução natural” da história econômica. Cada tipo de lastro econômico foi criado conforme as necessidades geradas por certa cultura ou sociedade. Não podemos dizer que as moedas desaparecerão da economia com o passar dos tempos. Por isso, trate de valorizar aqueles “níqueis” perdidos no fundo da sua carteira!

História- Evolução das cidades

As cidades surgiram como centro das civilizações, e acompanharam a história humana desde a Antiguidade até os dias atuais.

A cidade de Constantinopla, atual Istambul, foi o centro do Império Romano do Oriente
A cidade de Constantinopla, atual Istambul, foi o centro do Império Romano do Oriente
Os mais antigos registros arqueológicos encontrados de ruínas de cidades remontam à Revolução Neolítca, por volta de 4.000 a 3.000 a.C.. A constituição das cidades na Antiguidade tinha por objetivo ser centro de comércio eou também como fortificações de guerra contra inimigos.
Percebe-se nas cidades do período o início da divisão do trabalho e a utilização de meios de troca, como conchas e pedras semipreciososas, no comércio. As cidades surgiram inicialmente como pequenas aldeias às margens de rios, e com o crescimento populacional e das atividades passaram a constituir cidades mais complexas. Os principais locais de surgimento das cidades foram ao longo dos vales dos rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia; do Nilo, no Egito; do rio Indo, na Índia; do Yang-Tsé- Kiang e Hoang-HO na China; e do San Juan, na Meso-América.
De maior complexidade de atividades, foi necessário criar Estados para a defesa militar e a construção de grandes obras (de irrigação, templos, canais etc.), em um processo de formação das civilizações - termo relacionado aos povos que vivem em cidades.
No território europeu, a primeira civilização de destaque foi a grega, cujos registros das cidades-Estado remontam aos séculos VIII a VI a.C.. As cidades gregas eram centros comerciais, religiosos, políticos e artísticos, com autonomia organizacional em relação às demais. As cidades gregas mais conhecidas foram Atenas e Esparta, que durante séculos dominaram o comércio no Mar Egeu e em parte do Mediterrâneo, deixando também como importante legado aspectos filosóficos, políticos (democracia), jurídicos, militares e artísticos que até hoje são perceptíveis.
Centro do Império, Roma é um exemplo da centralidade dos espaços urbanos para a formação das civilizações
Centro do Império, Roma é um exemplo da centralidade dos espaços urbanos para a formação das civilizações
Entretanto, o caso de maior notoriedade de uma cidade da Antiguidade é Roma. Do mito do surgimento da cidade, a partir dos irmãos gêmeos alimentados por uma loba, formou-se o maior império do período, cuja capital era Roma. A partir da República, os romanos expandiram-se por toda a Europa e grande parte da Ásia, dominando econômica, militar e culturalmente por séculos essas regiões.
Curiosamente, é a partir do declínio do Império Romano que se vê a perda de importância das cidades no ocidente europeu. Com as invasões dos povos bárbaros e a destruição que inicialmente acarretaram, os habitantes destes locais se viram forçados a irem para o campo atrás de refúgio e segurança em terras de latifundiários. Da criação de comunidades nestes latifúndios verificou-se a formação dos feudos, que deram o caráter rural ao período medieval.
A ruralização da região teve como consequência a descentralização política e a diminuição drástica do comércio existente. Porém, em outras regiões, algumas cidades mantiveram um papel de relevo. Constantinopla (Bizâncio) era a capital do Império Romano do Oriente e substituiu Roma em importância e desenvolvimento, tornando-se centro comercial e urbano da Europa, convergindo para ela caravanas de diversas regiões. Na América pré-colombiana, podemos destacar as cidades de Cuzco e Machu Picchu, no Peru e a antiga cidade de Tenochititlan, onde hoje se localiza a cidade do México.
No final da Idade Média, com o renascimento comercial e urbano no interior do continente europeu, as cidades voltaram a se desenvolver – agora a partir dos burgos –, como centros comerciais e culturais, além de verem desenvolver o capitalismo industrial.
O caso mais clássico é o inglês, cujas cidades cresceram principalmente após os cercamentos que expulsaram os camponeses de suas terras, obrigando-os a se proletarizar nas nascentes indústrias urbanas. O advento da Revolução Industrial, somado à centralização da administração do Estado, deu impulso à urbanização de vastos espaços territoriais, levando à necessidade de criar políticas de planejamento e urbanização, visando sanar problemas habitacionais, sanitários e de deslocamento, e também como forma do Estado evitar e combater distúrbios sociais decorrentes da vida urbana contemporânea.
Hoje a população urbana superou a população rural no mundo, surgindo imensas cidades como Nova Iorque
Hoje a população urbana superou a população rural no mundo, surgindo imensas cidades como Nova Iorque
O desenvolvimento verificado durante o capitalismo criou metrópoles e megalópoles, sendo as primeiras grandes cidades de importância nacional e regional, e as segundas, espaços de união de metrópoles. No ano 2000 metade da população mundial vivia em cidades, e a ONU projeta para o ano de 2050 a existência de dois terços de população urbana.

 

História- Democracia Racial

A democracia racial existe ou se trata de um mito?
A democracia racial existe ou se trata de um mito?
No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do que a formação de classes sociais distintas por sua condição material. Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros. Mais que uma simples herança de nosso passado, essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas.
Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial.

É bem verdade que o conceito de raça em si é inconsistente, já que do ponto de vista científico nenhum indivíduo da mesma espécie possui características biológicas (ou psicológicas) singulares. Porém, o saber racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotipia do indivíduo acaba formando uma série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos. Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as ideias da nossa ciência.

Dessa maneira, é no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão africana instituída em solo brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. O branco, europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial, liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, uns (brancos) nasceram para o mando, e outros (negros) para a obediência.

No entanto, também devemos levar em consideração que o nosso racismo veio acompanhado de seu contraditório: a miscigenação. Colocada por uns como uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona se realmente somos ou não pertencentes a uma cultura racista. Para outros, o mestiço definitivamente comprova que o enlace sexual entre os diferentes atesta que nosso país não é racista. Surge então o mito da chamada democracia racial.

Sistematizado na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, o conceito de democracia racial coloca a escravidão para fora da simples ótica da dominação. A condição do escravo, nessa obra, é historicamente articulada com relatos e dados onde os escravos vivem situações diferentes do trabalho compulsório nas casas e lavouras. De fato, muitos escravos viveram situações em que desfrutavam de certo conforto material ou ocupavam posições de confiança e prestígio na hierarquia da sociedade colonial. Os próprios documentos utilizados na obra de Freyre apontam essa tendência.

Porém, a miscigenação não exclui os preconceitos. Nossa última constituição coloca a discriminação racial como um crime inafiançável. Entre nossas discussões proferimos, ao mesmo tempo, horror ao racismo e admitimos publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso racismo é velado e, nem por isso, pulsante. Queremos ter um discurso sobre o negro, mas não vemos a urgência de algum tipo de mobilização a favor da resolução desse problema.

Ultimamente, os sistemas de cotas e a criação de um ministério voltado para essa única questão demonstram o tamanho do nosso problema. Ainda aceitamos distinguir o negro do moreno, em uma aquarela de tons onde o último ocupa uma situação melhor que a do primeiro. Desta maneira, criamos a estranha situação onde “todos os outros podem ser racistas, menos eu... é claro!”. Isso nos indica que o alcance da democracia é um assunto tão difícil e complexo como a nossa relação com o negro no Brasil.
A democracia racial existe ou se trata de um mito?
A democracia racial existe ou se trata de um mito?
No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do que a formação de classes sociais distintas por sua condição material. Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros. Mais que uma simples herança de nosso passado, essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas.
Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial.

É bem verdade que o conceito de raça em si é inconsistente, já que do ponto de vista científico nenhum indivíduo da mesma espécie possui características biológicas (ou psicológicas) singulares. Porém, o saber racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotipia do indivíduo acaba formando uma série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos. Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as ideias da nossa ciência.

Dessa maneira, é no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão africana instituída em solo brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. O branco, europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial, liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, uns (brancos) nasceram para o mando, e outros (negros) para a obediência.

No entanto, também devemos levar em consideração que o nosso racismo veio acompanhado de seu contraditório: a miscigenação. Colocada por uns como uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona se realmente somos ou não pertencentes a uma cultura racista. Para outros, o mestiço definitivamente comprova que o enlace sexual entre os diferentes atesta que nosso país não é racista. Surge então o mito da chamada democracia racial.

Sistematizado na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, o conceito de democracia racial coloca a escravidão para fora da simples ótica da dominação. A condição do escravo, nessa obra, é historicamente articulada com relatos e dados onde os escravos vivem situações diferentes do trabalho compulsório nas casas e lavouras. De fato, muitos escravos viveram situações em que desfrutavam de certo conforto material ou ocupavam posições de confiança e prestígio na hierarquia da sociedade colonial. Os próprios documentos utilizados na obra de Freyre apontam essa tendência.

Porém, a miscigenação não exclui os preconceitos. Nossa última constituição coloca a discriminação racial como um crime inafiançável. Entre nossas discussões proferimos, ao mesmo tempo, horror ao racismo e admitimos publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso racismo é velado e, nem por isso, pulsante. Queremos ter um discurso sobre o negro, mas não vemos a urgência de algum tipo de mobilização a favor da resolução desse problema.

Ultimamente, os sistemas de cotas e a criação de um ministério voltado para essa única questão demonstram o tamanho do nosso problema. Ainda aceitamos distinguir o negro do moreno, em uma aquarela de tons onde o último ocupa uma situação melhor que a do primeiro. Desta maneira, criamos a estranha situação onde “todos os outros podem ser racistas, menos eu... é claro!”. Isso nos indica que o alcance da democracia é um assunto tão difícil e complexo como a nossa relação com o negro no Brasil.

História- Bruxas e o Poder Simbólico

As Bruxas podem ser entendidas no campo da imagética, pois elas fazem parte de conjuntos simbólicos que regulam a existência humana.

As bruxas foram e sempre serão um elo entre mito e razão ou ficção e realidade
As bruxas foram e sempre serão um elo entre mito e razão ou ficção e realidade
As relações humanas, dizem os sociólogos, são pautadas por poderes simbólicos. Eles possuem grande influência na visão de mundo e na realidade das pessoas. As bruxas sempre foram e vão ser um elo entre mito e razão ou entre ficção e realidade, pois elas se encontram no campo do imaginário popular que é disseminado pela cultura e pelos costumes de um povo e que, sobretudo, estabelecem relação e consequências nas ações do pensamento humano.
Pesquisadores ávidos por suas buscas arqueológicas encontraram em cavernas símbolos e ilustrações que demonstram a adoração humana a deusas da fertilidade ainda no período neolítico. Desde o surgimento das primeiras civilizações, o homem buscava adorar deuses que mesclavam proteção, respeito e divindade. Talvez fosse uma maneira de confortar a busca por aquilo que não se compreendia ou aquilo que não existia e que se buscava uma resposta.
Com o advento do Cristianismo e sua disseminação pelo mundo, o poder simbólico de muitas crenças, rituais ou costumes passaram a ser perseguidos e rotulados como heréticos e pecaminosos. O Cristianismo proliferou uma política em que existia uma cultura certa e uma cultura errada e, tão logo, a “verdade” deveria prevalecer sobre a “falsidade”.
As mulheres durante a Idade Média que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de enfermidades eram julgadas como hereges e pecadoras, pois, na concepção católica, elas tentavam enganar as leis divinas com rituais que iam contra os preceitos da Igreja Católica. Por isso, várias mulheres foram perseguidas e acusadas de feitiçaria ou bruxaria e, consequentemente, foram assassinadas pela prática de suas crendices e cultura.  
Na Idade Média, as bruxas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças, pois ninguém poderia mudar o curso divino das coisas se não fosse Deus. Juntamente com essa acusação, as bruxas eram acusadas de fazerem pactos demoníacos e realizarem coisas sobrenaturais, como voar pelos ares. Foi com esse imaginário simbólico que acusações foram legitimadas e várias mulheres foram mortas em diversas cidades da Europa até a chegada do Iluminismo.

 

História- As Sete Maravilhas do Mundo Antigo

No passado, os gregos resolveram criar uma lista com monumentais obras que deveriam ser vistas por todos. Elas eram as Sete Maravilhas do Mundo.

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo
As Sete Maravilhas do Mundo Antigo
O que ficou conhecido na posteridade como as “Sete Maravilhas do Mundo” foi um conjunto de obras feitas pelo homem, que foram nomeadas e listadas pelos gregos com o intuito de apresentar “as sete coisas dignas de serem vistas”.  As obras se distinguiam por sua beleza, grandeza, suntuosidade e magnitude.
Mesmo que tenham sido os gregos a listar as "Ta hepta Thaemata", como eles as chamavam, apenas uma se localizava na Grécia, a “Estátua de Zeus”, as demais estavam em outras localidades. O Colosso de Rodhes, na Ásia Menor; o Templo de Ártemis e o Mausoléu de Helicarnasso, em Éfeso; As Pirâmides de Gizé e o Farol de Alexandria, no Egito; e Os Jardins Suspensos da Babilônia, na atual Iraque.
Vamos conhecer um pouco mais acerca destas maravilhas:
A Grande Pirâmide de Gizé, ao centro
A Grande Pirâmide de Gizé
Construída pelos egípcios há cerca de 4.500 anos, é a única maravilha antiga ainda existente. Construída por volta de 2.500 a.C. como monumento funerário ao Rei Queóps, ela é a maior das três pirâmides de Gizé. Segundo o historiador grego Heródoto, 100.000 homens trabalharam durante 20 anos na construção da pirâmide. Sua construção revela um grande conhecimento de geografia, astronomia, geologia, matemática e outras ciências por parte dos construtores egípcios.
Reprodução em 3D do que seria os Jardins Suspensos da Babilônia
Jardins Suspensos da Babilônia
Supostamente criado pelo rei Nabucodonosor em 605 a.C. para presentear sua esposa, a rainha Amyitis, na cidade da Babilônia, na Mesopotâmia, os Jardins Suspensos consistiam em uma estrutura arquitetônica de terraços que continham uma infinidade de espécies de fauna e flora. Não se sabe ao certo se existiram os Jardins Suspensos da Babilônia, entretanto, escavações arqueológicas realizadas no século XIX encontraram possíveis indícios de sua existência.
A Estátua de Zeus. Reprodução em 3D
A Estátua de Zeus
Medindo de 10 a 15 metros de altura e localizada no templo de Olímpia na Grécia, a estátua foi construída em ouro e marfim durante oito anos, por volta de 450 a.C. O escultor Phídias representou Zeus sentado em seu trono, indicando sua superioridade sobre os demais deuses do panteão grego. A estátua foi destruída em um incêndio em Constantinopla, atual Istambul, por volta de 470 d. C.
Criação em 3D do que seria o Templo de Ártemis em Éfeso
O templo de Ártemis
O Templo à deusa Ártemis, de Éfeso (atual Turquia), foi construído, reconstruído e aumentado várias vezes durante séculos, até que, por volta de 262 d.C., foi destruído durante a invasão bárbara dos godos. Possíveis vestígios podem ser encontrados hoje no Museu Britânico.
Gravura representando o Mausoléu de Halicarnasso
O Mausoléu de Halicarnasso
Construído por volta de 350 a.C., a mando da rainha Artemísia, com o intuito de abrigar os restos mortais do seu esposo e irmão, o rei Mausolo, o mausoléu também se localizava na Turquia. Foi destruído por volta do século XV por constantes terremotos e seus restos foram utilizados em outras construções.
Imagem criada em computador representando o Colosso de Rhodes
O Colosso de Rhodes
O Colosso de Rhodes era uma estátua de bronze de 33 metros, construída na Grécia, por volta de 300 a.C.,  para homenagear o deus Hélios (deus do Sol) devido ao auxílio na vitória sobre o exército de Demétrio Pollorcetes. A estátua permaneceu de pé durante 50 anos, quando foi destruída por um terremoto que assolou a cidade de Rhodes em 226 a.C.
Reprodução do Farol de Alexandria
Farol de Alexandria
Feito de mármore e argamassa, o farol foi construído pelo arquiteto grego Sóstrato de Cnido, por volta de 250 a.C., para orientar os marinheiros em suas viagens noturnas. Resistiu a vários terremotos, mas começou a ruir por volta do século IV.

 

História- A história política recente do Irã


O Irã é controlado por uma cúpula religiosa que direciona toda vida política do país.


Do ponto de vista histórico, o Irã é visto como uma nação fortemente influenciada pela expansão islâmica que marcou o período medieval. De fato, os valores religiosos deste país possuem um grau de penetração que se manifesta em diferentes esferas do cotidiano do povo iraniano. Contudo, a compreensão deste conturbado cenário político não deve somente limitar-se a simples crítica à hegemonia do pensamento islâmico no interior de sua cultura.

Nas primeiras décadas do século XX, o Irã despertou o interesse do mundo Ocidental por causa de suas valiosas reservas petrolíferas. Inicialmente, a interferência no Irã partiu do governo britânico, que tentava preservar seus interesses para com as reservas energéticas da nação islâmica. Contudo, no ano de 1951, a interferência político-econômica estrangeira sofreu um duro golpe quando o primeiro ministro Mohammad Mossadegh nacionalizou a exploração do petróleo em seu país.

Entretanto, dois anos mais tarde, com apoio logístico e militar norte-americano, Mohammad Reza Pahlevi consagrou um governo ditatorial comprometido com os interesses do bloco capitalista. Desfrutando de amplos poderes, esse estadista perseguiu os partidários do movimento nacionalista iraniano e estabeleceu a adoção de práticas, vestimentas e padrões de consumo ocidentais no país. Acuados, os nacionalistas promoveram a manutenção de sua orientação política no interior das mesquitas iranianas.

A fusão entre o discurso nacionalista e a defesa dos ideais religiosos passou a ganhar vigor sob a voz do aiatolá Ruhollah Khomeini. Dessa forma, a defesa da interferência política conservadora do clero iraniano se transformou em uma via de defesa dos interesses nacionais contra a intervenção estrangeira. Exilado no Iraque, Khomeini acabou obrigado a se retirar do país por exigência do ditador Saddam Hussein, então aliado dos norte-americanos.

No início de 1979, uma série de revoltas, protestos e greves anunciavam a insustentabilidade do governo de Reza Pahlevi. Com isso, sob a tutela do aiatolá Khomeini, a chamada Revolução Iraniana alicerçou um Estado conservador, teocrático e contrário à intervenção Ocidental. Nesse contexto transitório, Saddam Hussein promoveu uma guerra que pretendia enfraquecer a influência política dos xiitas e controlar as ricas reservas petrolíferas da nação vizinha.

Após o conflito, que não estabeleceu nenhum tipo de ganho para nenhum dos lados, a tutela religiosa prosseguiu orientando a vida política iraniana. Em 1997, a eleição de Mohammad Khatami representou uma possibilidade de reformas que desmobilizassem os rigores que a cúpula religiosa tinha dentro do Irã. Contudo, não foi possível alcançar as transformações que eram, principalmente, almejadas por mulheres e estudantes.

No ano de 2005, por conta das frustrações vivenciadas no governo Khatami, uma grande evasão de eleitores permitiu que o líder ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad vencesse o processo eleitoral. Em seu primeiro mandato, observamos o acirramento das tensões políticas para com os Estados Unidos, a pretensão do desenvolvimento de um programa nuclear e a realização de várias declarações polêmicas contra os regimes ocidentais e o governo de Israel.

Em 2009, um novo pleito estabeleceu a disputa entre Mahmoud Ahmadinejad e Mir Hossein Mousavi, que teria uma política de pretensões liberais. Apesar das pesquisas que sugeriam uma acirrada disputa, o processo eletivo acabou apontando uma vitória esmagadora de Ahmadinejad, detentor de mais de 60 % dos votos contabilizados. Com isso, vários protestos e denúncias sugerem a ilegalidade do processo eletivo iraniano, que foi ratificado pelo aiatolá Ali Khamenei, Líder Supremo do país.

História- A crise sul-americana


Oficial colombiano fazendo denúncia contra a Venezuela e o Equador.
As FARC são uma guerrilha que durante um longo tempo desafiam a supremacia do poder governamental colombiano. Utilizando das armas, seqüestros e extorsão conseguiram criar um verdadeiro poder paralelo dentro da Colômbia. Ao longo de três décadas de guerra civil, as FARC controlaram cerca de 40% do território da Colômbia.

Muitos especialistas discutem qual a real motivação desse movimento que, em tese, reforça seu caráter popular alegando lutar pela criação de um governo marxista-leninista em território colombiano. No entanto, muitos apontam que as FARC deixaram de adotar um projeto revolucionário para agora instituírem uma força política que controla a porção sul da Colômbia por meio das armas e do terror.

Além disso, um ponto extremamente polêmico sobre as FARC se refere ao controle do tráfico de drogas de uma região considerada uma das maiores produtoras de droga do mundo. Vários depoimentos e denúncias apontam que as FARC sustentam-se pela comercialização de drogas que se espalham por diversos países da América e Europa. Em resposta, alguns órgãos de representação internacional e chefes de Estado defendem a luta internacional contra o poder das FARC.

Nos últimos anos, a ação dessa guerrilha colombiana ganhou destaque com as diversas negociações pela libertação de reféns e os esforços do governo colombiano em derrotar o crescente poder dessa guerrilha em seu país. Em março de 2008, um incidente envolvendo a luta contra as FARC motivou uma delicada crise diplomática envolvendo a própria Colômbia, o Equador e a Venezuela.

Durante um conflito entre tropas colombianas e as FARC, na fronteira da Colômbia com o Equador, os militares colombianos bombardearam o território equatoriano com o objetivo de aniquilar um importante grupo de guerrilheiros que agiam naquela região. Agredido pela invasão colombiana, o presidente do Equador, Rafael Correa, retirou seu representante diplomático da Colômbia sob a alegação de que o país desrespeitara a soberania territorial equatoriana.

Opinando sobre o episódio envolvendo Colômbia e Equador, o presidente venezuelano Hugo Chávez – inimigo político do presidente colombiano Álvaro Uribe – fez uma declaração onde recriminava a ação dos militares colombianos no Equador. Em seu discurso, chegou a afirmar que caso o governo colombiano realizasse esse tipo de operação na Venezuela, isso seria motivo suficiente para se declarar uma guerra contra a Colômbia.

Em resposta, representantes do governo colombiano declararam que tinham informações que ligavam as FARC ao governo equatoriano e venezuelano. Em um desses documentos autoridades colombianas afirmaram a existência de acordos de boa convivência entre as FARC e as autoridades equatorianas. Na mesma declaração, os colombianos disseram ter encontrado um documento referente a uma ajuda financeira de 300 milhões de dólares feita por Hugo Chávez aos líderes das FARC.

Os Estados Unidos, rival declarado das FARC e de Hugo Chávez, decidiram apoiar a ação militar na Colômbia dizendo esta ser uma intervenção legitima. As autoridades colombianas já declararam que não possuem nenhum interesse em guerrear contra seus países vizinhos. No entanto, o impasse político e a crise nas relações entre os países latino-americanos geram uma incógnita sobre a manutenção da paz naquela região.

Biologia- Ribossomos


A estrutura dos ribossomos no momento da síntese protéica.
Os ribossomos são grânulos livres imersos no hialoplasma das células procarióticas e eucarióticas e também aderidos ao retículo endoplasmático, recebendo a denominação de retículo granular. Quando participam da síntese celular, essas estruturas permanecem agrupadas ao filamento de RNA mensageiro, formando os polissomos.

São formados a partir de duas subunidades: uma maior e outra menor, originadas da combinação de ácido nucleico ribossomal (RNAr) à uma enorme quantidade de proteínas, cerca de 50 tipos proteicos diferentes.

Fundamentais estruturas do controle metabólico, o ribossomo somente funciona quando as subunidades se fusionam.

Existem, na sua subunidade maior, dois sítios: um A e outro P (A – aminoacil e um P - peptidil) receptivos ao RNA transportador (RNAt), substância carreadora dos aminoácidos (unidade básica das proteínas).

A atuação ribossomal no mecanismo de tradução celular se divide em três estágios: o inicial, codificado pelo códon AUG (sequência de bases pirimídicas), o estágio de alongamento (acréscimo de aminoiácidos por ligações peptídicas) e estágio terminal codificado por um códon de parada (códon - Stop).

Biologia- Regulação Metabólica


A síntese anabólica e catabólica de substâncias para o funcionamento da célula.
Denomina-se metabolismo (do grego metábole, mudança, transformação) o conjunto de processos e reações químicas que ocorrem nas células, implicando na manutenção da vida de um organismo.

Classicamente divide-se o metabolismo em:

Reações exergônicas (catabolismo) → que liberam energia para o trabalho celular a partir do potencial de degradação dos nutrientes orgânicos;

Reações endergônicas (anabolismo) → que absorvem energia aplicada ao funcionamento da célula, produzindo novos componentes.

No ser humano as vias metabólicas são variadas, sendo as mais importantes as seguintes:

Glicólise – desdobramento da molécula de glicose em substâncias orgânicas menores e fornecimento de energia de ligação armazenada na molécula de ATP.

Ciclo de Krebs – oxidação da acetil-CoA durante a respiração aeróbia;

Fosforilação Oxidativa – liberação de elétrons assimilados por aceptores, durante a cadeia respiratória mediada pelos citocromos nas cristas mitocondriais;

Ciclo da ureia – processamento e eliminação de NH4+ , excreta nitrogenada menos tóxica e hidrossolúvel;

β oxidação dos ácidos graxos – transformação de lipídios em acetil-CoA, para posterior direcionamento ao Ciclo de Krebs;

Pentoses Fosfato – síntese de pentoses, carboidratos componentes dos nucleotídeos estruturais da molécula de DNA.

Biologia- Osmose


Saiba o porquê da salada murchar após ser temperada
Você sabe por que a salada, certo tempo após ser temperada, se apresenta murcha?

Em razão da ação da osmose!

Este tipo de transporte passivo consiste na difusão de moléculas de água (solvente), predominantemente do meio com mais para o com menos concentração destas moléculas, por uma membrana semipermeável.

Há três casos a se considerar:

- quando tanto meio externo quanto o interno estão com concentrações iguais: consideramos que a célula está em um meio isotônico;

Hemácia em meio isotônico
- quando o meio externo está com menor concentração de soluto - havendo, portanto, uma maior concentração de água: dizemos que ele está hipotônico, podendo ocorrer o rompimento da célula (lise celular), caso a célula não possua parede, tal como a dos vegetais;

Hemácia em meio hipotônico
- quando o meio externo está com maior concentração de soluto - havendo, portanto, uma menor concentração de água: dizemos que ele está hipertônico, podendo ocorrer o murchamento da célula ou a plasmólise – separação da membrana da parede celular - no caso das células vegetais.

Hemácia em meio hipertônico
Esse último é a resposta para a pergunta feita no início: como, neste caso, submetemos as células destes vegetais a um meio hipertônico, a água destes, por osmose, desloca-se para o meio externo, causando esta diferença na conformação do alimento.

É o mesmo mecanismo que justifica o porquê dos caramujos morrerem ao ser despejada uma quantidade de sal neles (mas você fazer isso não é justificável!); o porquê de algumas pessoas adicionarem-no em determinadas carnes, a fim de conservá-las fora da geladeira; e a finalidade do soro caseiro.

Biologia- Núcleo das células


Núcleo das células eucariontes.
O núcleo é a região das células eucariontes, delimitada pela membrana nuclear ou carioteca (karyon = núcleo; théke = invólucro), armazenando em seu interior os cromossomos, contendo também um ou mais nucléolos mergulhados em seu nucleoplasma (cariolinfa).

Normalmente apresentam forma ovoide ou esférica, com diâmetro médio igual a 5μm, porém também manifestando morfologia lobular: bilobulados ou multilobulados, observados em células de defesa (alguns tipos de leucócitos).

Entretanto, existem células anucleadas, por exemplo, as hemácias dos seres humanos. Desta forma, de acordo com a diferenciação entre os tecidos, células diferentes em um mesmo organismo podem variar quanto ao número de núcleos, sendo: mononucleadas, possuindo somente um núcleo (células epiteliais); binucleadas, com dois núcleos (células hepáticas), e multinucleadas, contendo vários núcleos (células musculares).

Características e função da membrana nuclear da célula:

- Formada por duas camadas lipoproteicas;
- Apresenta numerosos poros comunicantes com o hialoplasma, por onde saem e entram substâncias moleculares;
- Proteção do material genético;
- E barreira física que limita a região reguladora do metabolismo, através do processo de transcrição.

Contudo, mesmo uma célula nucleada, dependendo do estágio de seu ciclo celular, pode admitir distintos comportamentos: durante a interfase, período de síntese intensa, o núcleo apresenta aspecto evidente, enquanto no período de multiplicação (divisão - mitose ou meiose) tanto a carioteca quanto o nucléolo se desintegram, reaparecendo no final deste evento.

Biologia- Mitocôndrias


Mitocôndria: Organela que realiza respiração celular.
As mitocôndrias são organelas citoplasmáticas com formas variáveis: ovoides, esféricas ou de bastonetes, medindo aproximadamente de 02μm a 1μm de diâmetro e 2μm a 10μm de comprimento.

São constituídas por duas membranas: a mais externa lisa e a interna pregueada, formando as cristas mitocondriais (septos), que delimitam a matriz mitocondrial (solução viscosa semelhante ao citosol), onde ficam dispersas estruturas ribossomais, enzimas e um filamento de DNA circular.

As enzimas catalisam a importante função dessas organelas, no que diz respeito à respiração celular, fornecendo energia metabólica liberada na forma de ATP (Adenosina Trifosfato), despendida em todas as atividades desenvolvidas por uma célula. Portanto, durante o processo de respiração aeróbia ocorrem reações determinantes nas mitocôndrias: o Ciclo de Krebs na matriz mitocôndrial e a Cadeia Respiratória nas cristas mitocondriais.

O fato de esta organela possuir material genético próprio permite a ela capacidade de se autoduplicar, principalmente em tecidos orgânicos que requerem uma compensação fisiológica maior quanto à demanda energética, percebido pela concentração de mitocôndrias em células de órgãos como o fígado (células hepáticas) e a musculatura (fibra muscular).

Existem teorias (endossimbiótica) a cerca da origem das mitocôndrias, que demonstram o surgimento dessas organelas nas células eucariontes durante a evolução a partir de análise comparativa e evidências como:

- a dupla membrana, sendo a interna semelhante aos mesossomos (dobras membranosas de bactérias, ricas em enzimas respiratórias);
- o pequeno tamanho dos ribossomos, semelhantes aos de procariotos, e diferenciados aos encontrados no hialoplasma da mesma célula eucarionte;
- e a presença de DNA circular.

Portanto, supõe-se que por volta de 2,5 bilhões de anos, células procarióticas teriam fagocitado, sem digestão, arqueobactérias capazes de realizar respiração aeróbia, disponibilizando energia para a célula hospedeira, garantindo alimento e proteção (uma relação harmônica de dependência).

Biologia- Mitose


Fases da divisão mitótica.
Mitose é o processo de divisão celular pelo qual uma célula eucarionte origina, em sequência ordenada de etapas, duas células-filhas cromossomica e geneticamente idênticas.

A grosso modo, costuma-se dividir esse processo em dois momentos: o primeiro relacionado à formação de dois núcleos filhos e o segundo correspondendo à citocinese (divisão do citoplasma). Contudo, ela é didaticamente detalhada em quatro etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Prófase → é a etapa preparatória da célula para início da divisão, ocorrendo eventos correlacionados ao período de interfase, essenciais para o ciclo celular:

- Princípio da condensação (espiralização / compactação) dos cromossomos duplicados na interfase;
- Desaparecimento do nucléolo em consequência da paralisação do mecanismo de síntese;
- Duplicação do centríolo e migração desses para os polos opostos da célula, formando microtúbulos, fibras do fuso e do haster, ambas constituídas de tubulinas alfa e beta. As do fuso unir-se-ão ao cinetócoro, região do centrômero (ponto de intersecção entre os braços cromossômicos), e as do haster darão suporte (fixação) juntamente à face interna da membrana plasmática.
Metáfase → Fase de máxima condensação dos cromossomos e desfragmentação total da carioteca (membrana nuclear), havendo:

- Deslocamento e disposição linear dos cromossomos na placa equatorial (metafásica) da célula.
- Ligação dos centrômeros às fibras do fuso.
Anáfase → Fase da divisão onde ocorre a separação dos cromossomos duplicados, migrando cada cromátide irmã em direção aos polos opostos, em razão do encurtamento dos microtúbulos, consequente à retirada de tubulinas.
Telófase → Última etapa da divisão mitótica, caracterizada pelo agrupamento e descompactação dos cromossomos (genoma) em extremidades opostas, recomposição da carioteca e nucléolo, finalizando o processo com a citocinese (individualização do citoplasma em duas células-filhas).

Biologia- Membrana plasmática


O Modelo Mosaico Fluido.
A membrana plasmática também denominada: plasmalema, membrana celular, membrana citoplasmática, constitui uma fina película lipoproteica, com espessura variando de 7,5 a 10nm (nanômetros), delimitando o citoplasma de todos os tipos de células vivas (eucariontes e procariontes).

Entre os modelos já propostos quanto à composição e estruturação membranar ao longo da história da citologia, a melhor representação aceita atualmente foi a sugerida pelos cientistas Singer e Nicolson em 1972, simulada através de um mosaico fluido. Por essa representação, a membrana celular seria formada por uma bicamada fosfolipídica incrustada de proteínas transmembranares, situação comprovada a partir da visualização em microscópio.

À medida que se aperfeiçoavam os microscópios e técnicas de análise, foram sendo esclarecidos os questionamentos relacionados ao funcionamento deste limiar, assegurando as características intracelulares e o meio circundante.

A composição anfipática (polar e apolar) da molécula fosfolipídica, estabelecida pela bicamada juntamente com especificidade das proteínas nela contida, funcionam como portas de passagem para as substâncias, permitindo a translocação de soluto e solvente conforme a necessidade metabólica da célula, ou seja, a membrana possui característica semipermeável (permeabilidade seletiva) de substâncias ou partículas.

Pelo processo de difusão ou osmose são transportados substratos através da membrana, mantendo diferenças de concentração (hipotonicidade e hipertonicidade).

Biologia- Membrana plasmática


O Modelo Mosaico Fluido.
A membrana plasmática também denominada: plasmalema, membrana celular, membrana citoplasmática, constitui uma fina película lipoproteica, com espessura variando de 7,5 a 10nm (nanômetros), delimitando o citoplasma de todos os tipos de células vivas (eucariontes e procariontes).

Entre os modelos já propostos quanto à composição e estruturação membranar ao longo da história da citologia, a melhor representação aceita atualmente foi a sugerida pelos cientistas Singer e Nicolson em 1972, simulada através de um mosaico fluido. Por essa representação, a membrana celular seria formada por uma bicamada fosfolipídica incrustada de proteínas transmembranares, situação comprovada a partir da visualização em microscópio.

À medida que se aperfeiçoavam os microscópios e técnicas de análise, foram sendo esclarecidos os questionamentos relacionados ao funcionamento deste limiar, assegurando as características intracelulares e o meio circundante.

A composição anfipática (polar e apolar) da molécula fosfolipídica, estabelecida pela bicamada juntamente com especificidade das proteínas nela contida, funcionam como portas de passagem para as substâncias, permitindo a translocação de soluto e solvente conforme a necessidade metabólica da célula, ou seja, a membrana possui característica semipermeável (permeabilidade seletiva) de substâncias ou partículas.

Pelo processo de difusão ou osmose são transportados substratos através da membrana, mantendo diferenças de concentração (hipotonicidade e hipertonicidade).

Biologia- Membrana plasmática


O Modelo Mosaico Fluido.
A membrana plasmática também denominada: plasmalema, membrana celular, membrana citoplasmática, constitui uma fina película lipoproteica, com espessura variando de 7,5 a 10nm (nanômetros), delimitando o citoplasma de todos os tipos de células vivas (eucariontes e procariontes).

Entre os modelos já propostos quanto à composição e estruturação membranar ao longo da história da citologia, a melhor representação aceita atualmente foi a sugerida pelos cientistas Singer e Nicolson em 1972, simulada através de um mosaico fluido. Por essa representação, a membrana celular seria formada por uma bicamada fosfolipídica incrustada de proteínas transmembranares, situação comprovada a partir da visualização em microscópio.

À medida que se aperfeiçoavam os microscópios e técnicas de análise, foram sendo esclarecidos os questionamentos relacionados ao funcionamento deste limiar, assegurando as características intracelulares e o meio circundante.

A composição anfipática (polar e apolar) da molécula fosfolipídica, estabelecida pela bicamada juntamente com especificidade das proteínas nela contida, funcionam como portas de passagem para as substâncias, permitindo a translocação de soluto e solvente conforme a necessidade metabólica da célula, ou seja, a membrana possui característica semipermeável (permeabilidade seletiva) de substâncias ou partículas.

Pelo processo de difusão ou osmose são transportados substratos através da membrana, mantendo diferenças de concentração (hipotonicidade e hipertonicidade).

Biologia- Membrana plasmática


O Modelo Mosaico Fluido.
A membrana plasmática também denominada: plasmalema, membrana celular, membrana citoplasmática, constitui uma fina película lipoproteica, com espessura variando de 7,5 a 10nm (nanômetros), delimitando o citoplasma de todos os tipos de células vivas (eucariontes e procariontes).

Entre os modelos já propostos quanto à composição e estruturação membranar ao longo da história da citologia, a melhor representação aceita atualmente foi a sugerida pelos cientistas Singer e Nicolson em 1972, simulada através de um mosaico fluido. Por essa representação, a membrana celular seria formada por uma bicamada fosfolipídica incrustada de proteínas transmembranares, situação comprovada a partir da visualização em microscópio.

À medida que se aperfeiçoavam os microscópios e técnicas de análise, foram sendo esclarecidos os questionamentos relacionados ao funcionamento deste limiar, assegurando as características intracelulares e o meio circundante.

A composição anfipática (polar e apolar) da molécula fosfolipídica, estabelecida pela bicamada juntamente com especificidade das proteínas nela contida, funcionam como portas de passagem para as substâncias, permitindo a translocação de soluto e solvente conforme a necessidade metabólica da célula, ou seja, a membrana possui característica semipermeável (permeabilidade seletiva) de substâncias ou partículas.

Pelo processo de difusão ou osmose são transportados substratos através da membrana, mantendo diferenças de concentração (hipotonicidade e hipertonicidade).

Biologia- Membrana plasmática

Biologia- Lisossomos


A formação das vesículas lisossômicas.
Os lisossomos são organelas citoplasmáticas membranosas presentes em praticamente todas as células eucariontes. Em seu interior existem enzimas que realizam normalmente a digestão intracelular, porém extracelular em casos excepcionais.

A estrutura de um lisossomo tem sua origem a partir do processo de síntese e transformações que envolvem a complexidade celular. Partindo inicialmente do controle genético, são sintetizadas moléculas de RNA precursoras das enzimas digestivas. Essas moléculas juntamente ao retículo endoplasmático rugoso realizam o processo de transcrição de uma proteína.

Finalizada a síntese, essas proteínas são transportadas em vesículas (pequenas bolsas) que se dissociam do retículo com destino ao complexo de Golgi. Nesse local as proteínas irão passar por transformações (maturação), havendo acréscimo de grupamentos químicos (fosforilação) nas extremidades dos filamentos protéicos, caracterizando o seu potencial enzimático.

Após esse estágio as enzimas formadas são empacotadas em vesículas que se desprendem do aparelho golgiense, constituindo o lisossomo. A este estado de pré-formação dá-se o nome de lisossomo primário e quando em ação funcional propriamente dita, formado: o vacúolo digestivo, o vacúolo autofágico e corpo residual, recebem a denominação de secundário.

Quanto ao aspecto interno da vesícula lisossômica, esta possui um pH por volta de 5, um potencial hidrogeniônico ácido em virtude do conteúdo, visto que as enzimas são chamadas de hidrolases ácidas.

Durante o processo digestivo, os lisossomos podem tanto asociar-se a fogossomos quanto a pinossomos (denominação que condiz com a consistência das substâncias ou partículas engolfadas), formando o vacúolo digestivo.

À medida que a digestão se processa, as moléculas necessárias ao metabolismo da célula atravessam a membrana do vacúolo dispersando-se pelo hialoplasma. O material não digerido constitui o corpo residual, eliminado por exocitose (clasmocitose ou defecação celular).

Essas organelas também podem atuar na degeneração de outros orgânulos da própria célula, mantendo a renovação das estruturas permanentemente reconstruidas, mecanismo chamado de autofagia (auto = próprio, fagia = comer).

Dependendo da informação e controle gênico, as enzimas lisossômicas, em resposta ao envelhecimento das células ou a qualquer alteração morfofisiológica (hormonal, lesões ou tumores), podem desencadear o mecanismo de morte celular programada (apoptose), ou seja, a célula se alto destrói, evitando maiores danos ao organismo.

Biologia- Difusão da Célula


Difusão simples e difusão facilitada, respectivamente.
 
A membrana celular exerce um papel importante no que se diz respeito à seletividade de substâncias - característica esta chamada permeabilidade seletiva. Neste processo, elas podem ser:

- impedidas de atravessar o espaço intra ou intercelular;

- transportadas, mas com gasto de energia (transporte ativo);

- transportadas, sem gasto de energia (transporte passivo).

No transporte passivo, temos a difusão simples, difusão facilitada e osmose. Neste contexto abordaremos apenas as duas primeiras, que ocorrem a fim de igualar a concentração intra e extracelular.

Difusão simples

Consiste no transporte de substâncias permeáveis à membrana. Estas, em solução, podem fluir de dentro para fora da célula ou vice-versa, de forma espontânea. Esse processo ocorre de uma região com maior concentração de partículas para uma com concentrações menores. Trocas gasosas entre o sangue e tecidos é um exemplo desse tipo de transporte.

Difusão facilitada

Há o auxílio de proteínas de membrana, denominadas permeases. Estas possuem sítios de ligação específicos para os tipos de substrato e atuam a fim de permitir que substâncias transitem pela região de bicamada lipídica.
O processo auxilia em casos em que essas últimas, em razão de suas propriedades químicas e tamanhos moleculares, demorariam muito tempo ou não poderiam fluir de forma espontânea, via difusão simples.

Neste caso, a movimentação se dá nas regiões mais para as menos concentradas e a velocidade é controlada, principalmente, pela quantidade de permeases disponíveis.

Sais minerais e determinados aminoácidos são transportados dessa forma.

Biologia- Complexo Golgiense

Biologia- Cloroplastos

Os cloroplastos são organelas encontradas apenas em células vegetais. Além disso, são constituídos de clorofila e muito importantes para o processo da fotossíntese. 

É no cloroplasto que ocorre o processo da fotossíntese.
É no cloroplasto que ocorre o processo da fotossíntese.
Os cloroplastos são encontrados nas células das algas e plantas. São organelas que se caracterizam por apresentar a cor verde, em razão da presença da clorofila em seu interior. Alguns autores classificam os cloroplastos como sendo um tipo de cromoplasto (chrôma = cor), por perderem a clorofila e armazenarem carotenoides, como ocorre no amadurecimento de alguns frutos, que, depois de amadurecidos, apresentam a cor laranja, vermelha ou amarela.

Os cloroplastos, assim como as mitocôndrias, apresentam DNA próprio, RNA e ribossomos que sintetizam uma parte de suas proteínas. A outra parte é sintetizada pelo DNA celular.

Essas organelas medem cerca de 4µm de comprimento por 2µm de espessura, e são envolvidas por duas membranas lipoproteicas, que possuem em seu interior um complexo membranoso formado por pequenas bolsas discoidais achatadas e empilhadas, que chamamos de tilacoides (thýlakos = saco). Cada pilha de tilacoide é chamada de granum (grão, em latim). Na euglena os cloroplastos são constituídos por três membranas lipoproteicas, enquanto que nas algas diatomáceas e algas marrons o cloroplasto possui quatro membranas.

O espaço interno do cloroplasto é preenchido com o estroma, um fluido semelhante ao encontrado na mitocôndria, que contém enzimas, DNA, RNA e ribossomos.

As moléculas de clorofila encontradas no cloroplasto são as mais abundantes e ficam dispostas nas membranas internas da organela. Assim, captam a luz do sol com a máxima eficiência, pois é da luz solar que provém a energia necessária para o processo da fotossíntese. A clorofila confere a cor verde às folhas dos vegetais e é capaz de absorver energia luminosa e transformá-la em energia química, que será utilizada no metabolismo.

Cada célula dos vegetais possui cerca de 40 cloroplastos, enquanto que as células das algas possuem geralmente apenas um cloroplasto, mas com tamanho bem maior do que o encontrado nas células vegetais.

 

Biologia- Citoplasma


O citoplasma e as organelas de uma célula eucarionte.
O citoplasma é o espaço da célula compreendido entre a membrana plasmática e a membrana nuclear nos eucariotos, correspondendo nos procariotos toda a totalidade do conteúdo limitado pela membrana.

Essa região contém um fluido viscoso chamado de hialoplasma, também denominado de citosol ou citoplasma fundamental, constituído basicamente por íons dissolvidos em solução aquosa e substâncias de fundamental necessidade à síntese de moléculas orgânicas (carboidratos e proteínas).

Dessa forma, o citoplasma é considerado um coloide, onde estão imersas as organelas celulares: as mitocôndrias, os peroxissomos, os lisossomos, os cloroplastos, os vacúolos, os ribossomos, o complexo de golgi, o citoesqueleto e o retículo endoplasmático liso e rugoso.

Entre as funções realizadas pelo citoplasma estão: o auxílio na morfologia da célula, relacionada à consistência do citosol e o armazenamento de substâncias indispensáveis à vida. Seu conteúdo está em constante movimentação, caracterizado por ciclose, visivelmente analisado em células vegetais observadas ao microscópio.

Biologia- Ciclo Celular

Quando somos formados, nos constituímos apenas de uma única célula, chamada zigoto, que através de sucessivas divisões e diferenciações permite a formação do embrião e, depois, passa ao estágio de feto e assim até o nascimento. Nascemos pequenos e frágeis, mas, com o passar do tempo, crescemos, nos fortalecemos e submetemos o ambiente em que vivemos às nossas necessidades.
Grande ou pequeno, o organismo representa um conjunto de células especializadas em desempenhar diversas funções que correspondem ao que chamamos de vida. Para isso, as células apresentam mecanismos que permitem a produção de diversas substâncias e a transformação de inúmeros elementos químicos, constituindo o que chamados de metabolismo. Assim, a importância no conhecimento sobre a vida de uma célula é fundamental para se compreender um ser vivo, em todos os sentidos.
Semelhante ao organismo vivo, a célula também apresenta períodos em sua existência, períodos esses que podem ser divididos em duas etapas – a interfase e a etapa de divisão.
Durante a interfase, a organização celular está em constante atividade, produzindo substâncias diversas, realizando processos químicos e físicos e desempenhando suas funções, contribuindo assim para a sobrevivência do organismo e do indivíduo, consequentemente.
Podemos dividir este período de interfase em três fases – G1 ou G0, S e G2.
G1 ou G0 – é o período imediatamente após a formação da célula. Quando em G0, a célula não recebe estímulo para iniciar uma nova divisão, fica exclusivamente para realizar sua atividade celular. Neurônios são exemplos de células que permanecem em G0.
As células que se apresentam em G1, passam por períodos de crescimento, diferenciação e produção de substâncias, como proteínas.
S – na fase de síntese, temos que a célula, mesmo realizando suas funções metabólicas, inicia o processo de duplicação do seu material genético, o DNA. Ao final desta etapa, a célula contará com seu DNA todo duplicado e passará então para a fase seguinte, G2.
G2 – esta fase se caracteriza pela produção de substâncias que irão contribuir para a formação das duas novas células que serão formadas, assim, todas as organelas devem ser duplicadas.
 
Finalizando o período de G2, a célula passa para a etapa de divisão. Em caso de divisão para formação de células somáticas (não reprodutivas) ocorrerá o processo de mitose, mas em caso de formação de células germinativas (reprodutoras – espermatozoide ou óvulo) teremos o processo de meiose.
Em ambos os processos de divisão, mitose ou meiose, haverá formação de novas células ao final do processo. As células formadas pelo processo de mitose serão iguais entre si e em relação à célula-mãe que as originou, já em relação às células formadas pelo processo de meiose, estas serão diferentes entre si.
O tempo relativo ao ciclo celular varia de acordo com a função desempenhada pela célula. As células da epiderme intestinal, por exemplo, podem se dividir até duas vezes por dia, enquanto que as células do fígado, até duas ao ano. Já as células nervosas, os neurônios, praticamente não se dividem!

Biologia Celular


Mitocôndria, uma organela celular, observada ao microscópio eletrônico
Mitocôndria, uma organela celular, observada ao microscópio eletrônico
 A Biologia Celular, antiga citologia, aborda temáticas relacionadas às células:

- a evolução, organização e método de estudo das células de procariontes e eucariontes;

- citoesqueleto e citossol;

- vacúolos e inclusões;

- cílios e flagelos;

- membranas, suas especializações;

- permeabilidade celular;

- organelas – ribossomos, retículo endoplasmático granuloso e não granuloso, complexo golgiense, centríolos, lisossomos, mitocôndria, cloroplastos (nas células vegetais);

- núcleo, nucléolo e envoltório nuclear;

- ácidos nucleicos;

- moléculas de adesão;

- diferenciação e interação celular;

- divisão (mitose e meiose);

- microscopia, envolvendo técnicas de preparação e estudo desse material biológico e uso de microscópios ópticos e eletrônicos.

Essas temáticas, dentre outras, permitem o estudo destas unidades estruturais, presentes em todas as formas de vida existentes, tanto uni quanto pluricelulares.

Bilogia- A gravidez e seus acontecimentos

A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento de um ou mais embriões
A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento de um ou mais embriões
Chamamos de gravidez o período de crescimento e desenvolvimento de um ou mais embriões no interior do útero.
Para que ocorra a gravidez é necessário que o óvulo, gameta feminino, seja fecundado pelo espermatozoide, gameta masculino. O resultado dessa fecundação dá origem ao zigoto, que após várias mitoses se transforma no embrião. Quando esse embrião chega ao útero, ele se fixa na parede uterina em um processo que conhecemos como nidação, que ocorre geralmente no 7º dia após a fecundação. Assim que ocorre a nidação, tem-se o início da gravidez, também chamada de gestação. Na espécie humana, a gravidez dura aproximadamente nove meses ou cerca de trinta e nove semanas.
Durante as primeiras semanas após a fecundação, a futura mamãe ainda não sente os efeitos da gravidez, mas isso não quer dizer que seu bebê não esteja se desenvolvendo, pelo contrário, ele continua crescendo a cada segundo. Como o corpo da mulher está se preparando para abrigar um novo ser, ele também sofrerá diversas transformações.  A primeira delas é a ausência de menstruação, que se dá pela produção de determinados hormônios que impedem a descamação do endométrio. A partir da quarta semana após a fecundação, o embrião começa a produzir o hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana beta ou beta-HCG, sigla em inglês, que causa sintomas como náuseas, cansaço e dores nos seios. Nesse período, os testes de gravidez comercializados em farmácias podem não conseguir detectar o hormônio presente na urina, mas um exame de sangue certamente conseguirá detectar a gravidez.
Assim que a mulher souber que está grávida, é extremamente importante que ela inicie o pré-natal com um médico de sua confiança. Esse acompanhamento é importante tanto para a saúde da mãe, como para a saúde do bebê.
A futura mamãe também deverá se preocupar com os alimentos que ingere, pois alimentos crus ou mal cozidos podem transmitir doenças como a toxoplasmose, que podem atingir o embrião causando sérios prejuízos e até mesmo a morte do bebê.
Aproximadamente na sétima semana de gestação, um tampão de muco com a função de impedir o contato do útero com o meio externo se desenvolverá no colo uterino, dando ao bebê uma maior proteção. É provável que a gestante sinta cólicas leves à medida que o embrião se implanta no útero. É muito importante lembrar que cólicas fortes e sangramentos não são normais e que ocorrendo qualquer um desses sintomas, a mulher deverá entrar em contato com seu médico imediatamente.

Biologia

Simbolo da Biologia
Simbolo da Biologia
Biologia é a ciência responsável pelo estudo da vida: desde o seu surgimento, composição e constituição; até mesmo à sua história evolutiva, aspectos comportamentais e relação com outros organismos e com o ambiente.
Assim, a Biologia tem como objeto de estudo os seres vivos. Tais organismos se diferenciam dos demais por serem constituídos, predominantemente, de moléculas de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio; e por apresentarem constituição celular, necessidade de se nutrirem, capacidade reprodutiva e de reação a estímulos.
Os seres vivos são classificados em grupos menores, de acordo com suas características principais. No sistema de cinco reinos, um dos mais amplamente utilizados, eles são divididos assim:
• Reino Monera, que abriga indivíduos unicelulares, procarióticos. No sistema de oito reinos, seus representantes estão divididos no Reino Archaea e Reino Bacteria.
• Reino Protoctista, que reúne os protozoários e algas unicelulares. No sistema de oito reinos, seus representantes estão divididos nos Reinos Archezoa, Protista e Chromista.
• Reino Plantae, que abriga as plantas: organismos multicelulares fotossintetizantes.
• Reino Fungi, que abriga organismos unicelulares ou filamentosos, e heterotróficos.
• Reino Animalia, que abriga organismos multicelulares e heterotróficos.

Para estudar os diversos aspectos inerentes aos seres vivos, de forma mais detalhada, a Biologia é subdividida em algumas áreas, tais como:

• Biologia Celular (antiga citologia): estuda os aspectos relacionados às células, tais como sua estrutura e funcionamento;
• Histologia: estudo dos tecidos que constituem os seres vivos.
• Anatomia: estudo dos órgãos e sistemas dos seres vivos.
• Botânica: estudo das plantas.
• Zoologia: estudo dos animais.
• Micologia: estudo dos fungos.
• Microbiologia: estudo dos micro-organismos.
• Ecologia: estudo das relações dos seres vivos entre si e com seu ambiente.
• Evolução: estuda o surgimento de novas espécies.
• Genética: estudo dos aspectos inerentes à hereditariedade.
Nesta seção você encontrará um bom acervo sobre essa fantástica e instigante ciência.

Matemática- Solução de um Sistema de Equações do 1º Grau com Duas Incógnitas Através da Representação Gráfica

A solução de um sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas é o par ordenado que satisfaz, ao mesmo tempo, as duas equações.

Observe o exemplo:

Soluções da equação x + y = 7 (1,6); (2,5); (3,4); (4,3); (5,2); (6,1); etc.
Soluções da equação 2x + 4y = 22 (1,5); (3,4); (5,3); (7,2); etc.

O par ordenado (3,4) é a solução do sistema, pois satisfaz ao mesmo tempo as duas equações.
Vamos construir o gráfico das duas equações e verificar se a intersecção das retas será o par ordenado (3,4).



Portanto, podemos verificar através da construção gráfica que a solução do sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas é o ponto de intersecção das duas retas correspondentes às duas equações.

Exemplo 2

Cláudio usou apenas notas de R$ 20,00 e de R$ 5,00 para fazer um pagamento de R$ 140,00. Quantas notas de cada tipo ele usou, sabendo que no total foram 10 notas?

x notas de 20 reais y notas de 5 reais

Sistema de equações


Podemos verificar através da representação gráfica que a solução do sistema de equações do 1º grau é x = 6 e y = 4. Par ordenado (6,4).

Matemática- Equações Irracionais

Toda equação que apresenta a variável em um radicando é considerada uma equação irracional. Observe os exemplos:

Resolvendo uma equação irracional

Exemplo 1



1º passo: isolar o radical


2º passo: elevar os dois membros da equação ao quadrado


3º passo: organizar a equação
x2 - 10x +25 – x – 7 = 0
x2 - 11x + 18 = 0


4º passo: resolver a equação x2 - 11x + 18 = 0, aplicando o teorema de Bháskara.


∆ = (-11)2 - 4 * 1 * 18
∆ = 121 - 72
∆ = 49

x’ = (11+7)/2 = 9

x” = (11 – 7)/2 = 2

5º passo: substituir as raízes na equação original e verificar a igualdade.

x = 9

Portanto, 9 não serve.
x = 2

A única solução da equação é 2.